BlackBerry pode ser dividida para potenciais compradores

A BlackBerry continua sua saga para decidir o seu futuro, mas ele talvez seja um pouco diferente do que havia imaginado. Ao invés de vender a companhia inteira, ela talvez seja dividida em partes menores e vendidas para diferentes compradores.
A empresa canadense está considerando uma série de potenciais compradores, em uma lista que inclui empresas de investimento privado e gigantes como Microsoft e Lenovo, mas as indicações iniciais são de que o interesse dessas empresas pode levar a companhia a ser dividida e vendida em partes.
Empresas de investimento estão mais interessadas no sistema operacional BlackBerry e nas patentes relacionadas ao seu teclado, afirmaram duas fontes da Reuters. Existe também a possibilidade de um fundo de pensão canadense se unir a um investidor para comprar a companhia inteira, por um valor aproximado de US$ 5 bilhões.
A maior acionista da BlackBerry, a Fairfax Financial Holdings, está em contato com diversos fundos de investimentos canadenses para tentar tornar a empresa privada novamente, segundo a Reuters. A Fairfax possui 10% das ações da empresa e seu chairman, Prem Watsa, chegou a abandonar a diretoria da BlackBerry para evitar possíveis conflitos de interesse nessas negociações.
Nas últimas semanas, uma série de empresas interessadas assinou contratos de confidencialidade para ter acesso ao balanço comercial da companhia, para iniciar a negociação de venda. É claro que para a BlackBerry talvez não seja tão interessante vender apenas uma parte da companhia e continuar com outra parte sem um futuro ou valor promissor para o mercado, mas talvez a empresa não tenha alternativas.
Isso é claramente um resultado da dificuldade que a BlackBerry enfrenta no mercado, com concorrentes como a Samsung e Apple. Nos últimos meses, a empresa tem perdido mercado até mesmo para o Windows Phone da Microsoft. Hoje, o valor da BlackBerry já caiu para cerca de US$ 5,4 bilhões, comparados aos US$ 84 bilhões que valia em meados de 2008.
Uma das possibilidades que a empresa estuda é separar o BBM, seu serviço de mensagens instantâneas que ainda possui 50 milhões de usuários, em uma nova companhia. Membros da diretoria querem concluir as negociações até o final de novembro, mas tudo indica que o futuro da BlackBerry não será decidido tão rapidamente. A Huawei, apontada como uma das potenciais compradoras, já desmentiu os rumores afirmando não estar interessada.
Apenas as patentes da BlackBerry devem valer em torno de US$ 2-3 bilhões. O problema é que a marca da empresa está desgastada e tem pouquíssimo ou nenhum valor no mercado. Analistas estimam que poderia custar até US$ 2 bilhões para fechar a unidade que fabrica os smartphones, o que significa que a aquisição da BlackBerry pode trazer muitos custos a quem a comprar.
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