sábado, 22 de junho de 2013

Xbox One

Primeiras impressões: Xbox One e quatro games do console

É possível testar o kinect e jogos exclusivos da Microsoft sob uma forte luz verde na E3, na Califórnia.

Xbox One

Em um dia cheio de conferências e anúncios, a Microsoft convocou os felizes visitantes dos EUA e de todo o mundo, que estavam em Los Angeles em busca de novos jogos, para sentar, tomar umas bebidas e testar publicamente, em primeira mão o Xbox One. Também tinha uma luz verde bem forte no lugar todo.
O mais importante é: todo mundo ficou cara-a-cara (literalmente, se você quisesse mesmo) com o novo console da Microsoft. Ele é mais bonito ao vivo, mas mais alto, também. Apesar disso, o acabamento brilhoso e as linhas simples fazem com que ele combine bem com as salas de estar por aí.
Xbox One - E3
O Kinect, igualmente graúdo, parece funcionar como vende a propaganda da MS: mesmo em situações nada ideais (principalmente pela pouca luz), o sensor consegue captar a posição de várias pessoas e representar, com precisão, os seus movimentos e orientação dos membros do corpo. Ele até reconhece se você estiver colocando pressão nas pernas, por exemplo, e se você está feliz ou triste. É levemente assustador e uma bela peça de hardware.
Assim como o controle. O novo joystick do Xbox One é bem parecido com o Xbox 360. Mas é menor, de modo geral, tanto o molde quanto os botões, principalmente os dois bumpers (LB e RB), que ficaram mais simples de se apertar, já que você não precisa se forçar tanto a esticar os dedos e também os dois gatilhos. Uma demo no local mostrava como funcionava o novo sistema de vibração no controle: as tremidinhas agora são independentes, em cada metade, e tanto o LT quanto o RT também vibram, o que pode deixar o seu jogo de tiro potencialmente mais imersivo. Nenhum dos games presentes usava o recurso a esse nível de detalhe.
E por falar em jogos, vamos a eles.
À primeira vista, o novo projeto da Crytek parecia um God of War bem menos interativo, mais linear e menos inspirado. Mas a impressão passa, assim que você começa a controlar o tal Filho de Roma.
Ryse é mais parecido com os Batman mais recentes do que com God of War, na verdade. A sequência é a mesma mostrada durante o a conferência pré-E3 da Microsoft: você é um comandante romano e você precisa liderar os seus soldados em um desembarque a la Dia D em uma praia repleta de bárbaros, depois ordenando que as suas catapultas derrubem uma torre do inimigo.
E apesar do comandante não ter capa alguma, a dinâmica das batalhas é quase igual à do Homem-Morcego: com um botão você ataca e, com o outro, apara investidas dos inimigos. O Y serve para acionar uma escudada violenta, boa para atordoar inimigos que estejam desviando do fio da sua espada ou afastar alguém, quando há muita gente ao mesmo tempo tentando te pegar. Pancadas o suficiente depois, surgem as oportunidades de execução, via Quick Time Event. Segundo um representante da Microsoft, são 120 “Fatalities” diferentes, dependendo da situação – todos eles, se a demo servir de exemplo, bem sangrentos.
Ryse é bonito e tem aquela pretensão de ser épico o tempo todo (o que cansa um pouco). Mas, dependendo de como for a estrutura do game, ele pode ser uma boa surpresa.

Xbox One - E3

Xbox One - E3

O que nasceu como uma experiência meio esquisita, para Xbox 360 e Kinect, hoje virou um outro game, para Xbox One e só “com suporte” à câmera do console. Mas, mais importante que isso, agora ele é um sucessor digno de Panzer Dragoon não só no nome do criador.
A experiência de “nave sobre trilhos” pela qual muita gente se apaixonou no Sega Saturn (e que se consagrou com Star Fox, no Super NES) é a mesma: você controla seu dragão com um direcional, a mira com o outro e atira em qualquer coisa que passar na sua frente enquanto tenta escapar de coisas que atiram em você. A fórmula tradicional é essa e ela foi bem respeitada.
Mas o jogo, pela demo, está bem simples. Por exemplo: em Panzer Dragon Orta, do Xbox Original, você podia trocar a visão do seu dragão das costas para a frente ou os lados, e isso era necessário porque os inimigos vinham de todos os lados. Em Crimson Dragon, ele só dançam na sua frente.
Isso não quer dizer que ele seja necessariamente ruim. Só mais simples. E, se for lançado por um preço amigo, não ha problema algum nisso.

Project Spark
Durante a demonstração da conferência pré-E3, Project Spark deixou a impressão de ser um equivalente de LittleBigPlanet da Microsoft. Não pelos meninos-saco, mas sim pela pretensão de ser uma ferramenta para as pessoas criarem suas próprias aventuras.
A construção de terrenos já tinha sido mostrada na apresentação e é bem simples: na tablet, você passa o dedo pelo cenário para criar depressões e elevações e também para transformar isso em rios e montanhas. Em cima de tudo isso, há pontes, casas e monstros para serem posicionados – tudo graças ao poder da pedra que anda junto do personagem que serve como o centro do seu mundo.
Xbox One - E3
Mas a parte principal da experiência parecem ser os “Cérebros”, um tipo simplificado de linguagem de programação com conjuntos de instruções que você pode dar para cada elemento do seu mundo.
Tudo funciona em uma estrutura de “Se __” e “Faça ___”. Você pode programar, por exemplo, “Se Localizar Jogador” e “Se aproxime” na mesma linha. Isso faz com que um goblin posicionado no mapa, por exemplo, venha correndo na direção do seu herói quando ele se aproximar. Esses comandos são representados com botões grandes, coloridos e com algum desenho, para deixar tudo fácil de se reconhecer. E o jogo vai filtrando as opções para cada condição, para evitar confusões.
Então, essa sequência simples pode virar, no final: “Se o personagem se aproximar, sorteie um número de 1 a 3. No 1 o inimigo dança, no 2, sorri e, no 3, cumprimenta”. Nada mal.

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