sábado, 22 de junho de 2013

números sobre PRISM

Facebook, Microsoft e Apple divulgam números sobre PRISM

Governo obteve informações de mais de 60.000 contas dos serviços dessas empresas.

PRISM
O vazamento das informações sobre a PRISM, programa de espionagem do serviço secreto americano que investiga estrangeiros fora dos Estados Unidos, deixou muita gente preocupada. Recentemente, empresas que forneciam os dados para o programa divulgaram o número de perfis que tiveram seus dados revelados. Estes correspondem a uma pequena parcela do total de contas nas redes sociais.
Elas negaram fornecer acesso direto a seus servidores, e pediram à NSA (Agência de Segurança Nacional) permissão para liberar alguns dados sobre as informações que elas precisaram entregar ao governo americano sob ordem judicial.
Facebook, Microsoft e Apple revelam números, mas o Google diz que isso ainda não é o bastante – e não fará o mesmo.
  • Facebook: de julho a dezembro, foram feitos entre 9.000 e 10.000 pedidos para obtenção de dados, envolvendo entre 18.000 e 19.000 contas na rede social.
  • Microsoft: de julho a dezembro, a empresa recebeu entre 6.000 e 7.000 pedidos para obtenção de dados, que afetam entre 31.000 e 32.000 contas de usuário.
  • Apple: entre dezembro e maio deste ano, foram realizados entre 4.000 e 5.000 pedidos, envolvendo entre 9.000 e 10.000 contas ou dispositivos.
Como inicialmente acreditava-se que o acesso do PRISM era amplo e indiscriminado, isso talvez ajude a acalmar os ânimos: estes números são pífios se comparados aos milhões e milhões de usuários que Facebook, Microsoft e Apple atendem.
Por outro lado, as empresas não estão sendo transparentes o bastante, já que o governo americano não permite. Como a Microsoft explica, os números somam os pedidos feitos por todas as agências do governo dos EUA – não só por ordens judiciais FISA (Lei para Vigilância de Inteligência Estrangeira), que envolvem os dados no PRISM. Além disso, a empresa só pode divulgar os números “se os totais forem apresentados em múltiplos de 1.000″.
O Google não gostou disso, e diz ser um retrocesso: eles já divulgam números em agregado no Transparency Report. Um porta-voz da empresa diz ao The Verge:
"Nós sempre acreditamos que é importante separar os diferentes tipos de pedidos do governo… Reunir as duas categorias seria um retrocesso para os usuários. Nossa solicitação ao governo é clara: permitir a publicação de números agregados de solicitações de segurança nacional, incluindo pedidos FISA, separadamente."
Organizações de liberdades civis e empresas de internet divulgaram carta aberta exigindo o fim da espionagem feita pela NSA; e a petição “Stop Watching Us” da Mozilla já conta com cerca de 200.000 assinaturas. Por enquanto, o governo americano não reagiu a contento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário